Às vezes eu me chateio com alguns comentários, não falta gente pra criticar ou tirar sarro de pessoas apaixonadas, se suas histórias de amor não deram certo acham que o mundo inteiro também vai sofrer, isso é horrível. Eu acredito no casamento, o Rafa também, esse nosso acreditar é o que nos basta.
Pra ser sincera, bem sincera, eu não sonho com um casamento perfeito, sei que nem sempre serão flores, um mar de rosas cheio de paz e amor, todo casal tem suas diferenças, seus trejeitos que nem a convivência por mais de trinta anos seria capaz de mudar. A graça de tudo é ser adulto o suficiente pra entender que é assim com todo mundo.
Casamento é renúncia, é abrir mão de uma vida e viver outra totalmente diferente, é aceitar que dentro dessa união há deveres de cada um que terão de ser cumpridos, papéis que cabem ao homem ou a mulher desempenhar em algum momento. Pra mim, casamento que não vai pra frente é de gente que tem o costume de inverter valores. Não adianta querer que o marido lave toda a roupa enquanto a mulher se esparrama no sofá da sala pra assistir o futebol.
Homem é homem, mulher é mulher, nenhum é melhor, os dois são capazes, acho que vivemos um relacionamento sadio por pensar assim. Quem quiser rir, fique à vontade, mas confesso que quando paro e começo a pensar na vida de casada acho tudo o maior barato.
Eu penso nas louças pra lavar, penso nas toalhas molhadas que vou recolher pela casa (porque o Rafa é um homem maravilhoso), mas é bagunceiro que só. Penso nessa vida simples, sem requinte, vida de dona de casa, marido e mulher, como tem que ser, penso, logo insisto. Queria que o tempo passasse rapidinho pra que o dia 17 venha nos alegrar com a beleza de tudo o que já planejamos.
Tenho certeza de que seremos muito felizes, não abro mão de nada que o casamento certamente trará pra mim, nem mesmo das chateações, elas nos amadurecerão completamente, tenho certeza.